segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Traumas e (in)defesas naturais do recém-nascido

Fonte: http://www.facebook.com/pages/O-Laborat%C3%B3rio-da-Gr%C3%A1vida/110513502357987

A separação do corpo da mãe é um grande trauma para o bebé que leva algum tempo para se adaptar à nova realidade. Está muito frágil e indefeso. O contacto de pele logo após o nascimento é muito importante. Para a criança, o contacto diminui o choque da separação e, para a mãe, é um estímulo à produção de uma hormona que diminui a... hemorragia, além de ser uma recompensa natural depois do parto.


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Os hospitais devem colocar o bebé à mama da mãe assim que for possivel iniciar o contacto com a mãe. O bebé deve ficar ao peito ao máximo durante as primeiras horas, para sentir o calor, o cheiro e o batimento cardíaco da mãe. Naturalmente o recém-nascido irá procurar o seio da mãe cheirando-o e iniciando os reflexos de sucção.
Nas primeiras semanas, em especial na 1ª, a adaptação ao meio ambiente carregado de estímulos é mu
ito dura para um bebé que passou 9 meses num ambiente calmo, liquido (em que os movimentos são muito suaves) escuro e silencioso. Assim, recomenda-se a ausência de visitas barulhentas e prolongadas ao bebé, bem como presença de estimulos intensos como cheiros fortes, barulho alto de vozes, gargalhadas, gritos, muita ou nenhuma claridade, sons agudos, frequências altas, movimentos bruscos.
Os pais devem concentrar-se em tornar esta adaptação o mais positiva que conseguirem, aumentando ao máximo o contacto pele com pele e tirando o melhor proveito dos sentidos apurados do bebé,tacto, audição e olfacto.

Quanto mais perto estiver o bebé do corpo da mãe mais calmo ele se sentirá nesses primeiros dias pós-choque do nascimento.
De notar que o nascimento é a experiência mais traumática pela qual que todos nós passamos, tão traumática que as nossas estruturas se encarregam de nos fazer esquecer que passámos por isso.

A adicionar à completa inexistência de defesas imunitárias e à fragilidade do corpo e das estruturas mentais do recém-nascido, o próprio ambiente encarrega-se de produzir diversos episódios traumáticos durante e imediatamente após o nascimento que nos marcam para o resto da nossa vida, há que controlar ao máximo esse ambiente pós-natal para que os episódios traumáticos sejam menores.


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