sábado, 12 de fevereiro de 2011

Os Avós e os Netos - educação vs submissão?

Depois de uma pesquisa sobre a relação entre avós e netos, encontrei algumas referências com as quais concordo:


Fonte: http://www.olgatessari.com/id281.htm


"Dizem que os avós deseducam os netos e, não se pode negar, há um fundo de verdade nesta afirmação. Os avós não colocam de castigo, dificilmente dão broncas e ainda fazem a maioria das vontades dos netos. Mas, por trás de tantos mimos, existem avós conscientes da sua importância para a formação das crianças. "Os avós influenciam o desenvolvimento emocional, cognitivo e social, além de ajudarem a formar os valores dos netos", explica a psicóloga Cristina Brito Dias, "Os avós podem minimizar os efeitos negativos da relação entre pais e filhos, especialmente quando os pais são imaturos e negligentes", acrescenta. Além disso, "o contato com os avós favorece nas crianças o respeito pelos idosos e a aceitação do seu próprio envelhecimento", completa Cristina, que desde 1998 realiza pesquisas sobre avós.



Educar as crianças é dever dos pais. Então, se impor limites não é função central dos avós, eles podem usufruir da relação com as crianças de forma mais despreocupada e até atender a certos caprichos dos netos. Isso não significa, porém, que os avós devem aceitar as malcriações das crianças e deixar que os netos façam tudo como bem entenderem. "Se os pais disseram que não pode ver televisão antes de preparar o dever de casa, então não pode mesmo. Os avós precisam respeitar a autoridade dos pais", comenta a terapeuta Magdalena Ramos.



A psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, responsável pelo site Ajuda Emocional , concorda que os avós não podem passar por cima da autoridade dos pais. Mas ela acredita que não há problema algum se os avós, uma vez ou outra, fazem de tudo para agradar os netos. "Isso não prejudica a formação. Pelo contrário: é importante que as crianças tenham alguém que faça tudo por elas", afirma. Por serem menos durões, os avós são procurados pelos netos para conversas sobre drogas e sexualidade. "Porque temem o julgamento dos pais, crianças e adolescentes, muitas vezes, se sentem mais à vontade para tratar desses assuntos delicados com os avós", explica.


Na opinião da psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, podem surgir problemas quando os avós se tornam responsáveis pela educação das crianças. "No convívio diário, os avós precisam impor limites, mas nem sempre conseguem, o que pode trazer prejuízos à formação dos netos. O ideal seria que os pais matriculassem as crianças em uma escola em vez de deixarem seus filhos sempre com os avós", explica ela.


http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp?Texto=387


O pequeno não pode conviver exclusivamente com pai e mãe, onde tudo é proibido e as regras são, na maioria dos casos, as mais rígidas. A presença da avó serve para relaxar pais e filhos”. Quando a relação de vós e netos é regida por essa amizade incondicional, a criança verá essa pessoa como um porto-seguro, uma referência de serenidade, experiência. “A avó amiga não julga as atitudes da criança, e sim dá colo, dá conselho. Já na adolescência, os jovens, muitas vezes, buscam o apoio dos avós em questões delicadas desse período da vida e contam segredos que nem sempre contam para os pais”, lembra Silvana.


Para o psiquiatra infantil, Flavio Gosling, a única ressalva nesta relação vós-netos é quando as opiniões de pais e avós são muito divergentes, o que pode confundir a criança. “Os pais e avós têm que manter uma comunicação linear com o pequeno. Embora os limites sejam mais elásticos em um caso do que no outro, o que não pode acontecer é a situação de contradição.
Muitas crianças com dificuldades emocionais, escolares e de aceitação de limites são fruto dessa confusão no ambiente doméstico”, alerta Gosling. Em uma coisa os profissionais concordam. As crianças que têm avós do tipo “Dona Benta” podem e devem aproveitar dessa companhia agradável e de toda a experiência que essa pessoa pode passar para a criança.

“A presença da avó é importante em todos os momentos da vida da criança”, diz a psicóloga.

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