quarta-feira, 8 de setembro de 2010

9 semanas ou 11 semanas? Eis a questão

Então não é que ao ver o matulão do piglo a Dra disse que ele tem certamente mais que 9 semanas, provavelmente já 11? Ena pah, a sério? Mas isso vai de encontro com o que eu esperava. Por mais que eu diga que engravidei entre a ultima semana de Junho e a primeira de Julho não há quem me oiça...tem de ser o bebé a provar que já é mais velho, afinal ele não tem 9 semanas, mas terá então quantas? Para tirar as teimas e para fazer os rastreios necessários, irei marcar para a próxima semana a primeira eco, a das 12 semanas.

Na eco das 12 semanas vamos poder ver o bebé de forma muito semelhante ao que vemos neste video:
http://www.youtube.com/watch?v=yAZTw3nHQ7w&NR=1


Que aliás foi o que eu e o pré-papá vimos na consulta de hoje, daí a ideia de estarmos realmente próximos da 12ª semana de gestação.

O Matulão tem o seu maior osso do corpo - o femur, já com 2 milimetros de comprimento, é impressionante, hein?
Vimo-lo a saltar, a cruzar as perninhas e a tapar os olhos com os bracitos, aliás até temos uma foto que depois irei inserir aqui...acho que o piglo não gostou da sonda vaginal e começou a esbracejar bastante. No fim de tudo analisado parece que temos um filhote com muita vitalidade, resta agora fazer estes dois passos muito importantes - rastreio e eco. Voltarei à médica dentro de 4 semanas.

Como não sabemos nesta altura em que semana estamos irei colocar em breve videos da 10ª e 11ª semana

Algumas explicações sobre as análises e ecografia que irei fazer na próxima semana:

http://www.olaboratoriodagravida.com/index.php?option=com_content&view=article&id=21&Itemid=62&limitstart=3

O rastreio bioquímico do 1º trimestre realiza-se em dois timings, com colheita de sangue entre a 8ª e a 9ª semana de gestação e execução de ecografia entre a 11ª e a 13ª semana + 6 dias depois da data da última menstruação.

O rastreio combinado associa a medida da Translucência da Nuca, visualizada pela ecografia com os resultados bioquímicos, aumentando a taxa de detecção individual de cada exame de 70%, para uma taxa de detecção conjunta de cerca de 90%. O teste calcula o risco para casos de trissomia 21, 18 e 13, e pode detectar gestações de embriões com outra anomalias, ou dar indicação sobre problemas obstétricos futuros na ausência de anomalia cromossómica.

A análise bioquímica mede duas substâncias presentes no sangue da mãe, a Proteína Plasmática A Associada À Gravidez (PAPP-A) e β-subunidade livre da gonadotrofina coriónica (β-hCG livre). O exame ecográfico, feito por um médico, determina a idade gestacional com exactidão, mede a espessura do espaço subcutâneo situado entre a pele e os tecidos moles que cobrem a nuca do feto – a Translucência da Nuca (T.N.) e verifica a presença de Osso Nasal (O.N.). Esta medida não é habitualmente utilizada no cálculo do risco, pela dificuldade prática da sua medição, necessitando de muita experiência por parte do ecografista. É um teste não invasivo que avalia a anatomia embrionária e através de um software específico é também calculado um risco de Trissomia 21 e outras malformações.

O screening precoce evita uma carga de stress adicional para os pais e diminui o número de abortos tardios por defeitos cromossómicos, o que acarreta custos emocionais fortes.

O risco de trissomia 21, muito reduzido na mulher jovem, aumenta com a idade, sobretudo, a partir dos 35 anos. Contudo, a maioria das crianças com trissomia 21 nasce de mulheres jovens, porque são estas que têm mais filhos.

O cálculo do risco aumentado de trissomia tem em conta factores como: a idade gestacional e materna, a etnia e o peso da mãe, a presença de diabetes, o consumo de tabaco, e casos de deficiência cromossómica em gravidez anterior. Todos estes factores são tidos em consideração, quando efectuamos o cálculo do risco.

A taxa de detecção de cromossomopatia empregando a idade da mãe + TN + ON + β-hCG livre + PAPP-A é de cerca de 97% (com cerca de 3% falsos-positivos). Sem as medidas ecográficas a taxa ronda os 70%.


O que são Defeitos Abertos do Tubo Neural?

Os Defeitos Abertos de Tubo Neural (DTN) são anomalias congénitas. Há dois tipos: a chamada espinha bífida, quando o tubo neural não se fecha completamente durante o primeiro mês do embrião; e a anencefalia, quando o cérebro não se desenvolve. Na ausência do rastreio, cerca de 1 em cada 2000 bebés nasce com DTN. Nascem cerca de 1 a 2 bebés em cada 1000 com DTN. A grande maioria (95%) surge em famílias sem história anterior de DTN. A espinha bífida pode provocar fraqueza ou paralisias, perda de controlo da bexiga e em alguns casos atraso mental. A anencefalia provoca a morte do feto horas ou dias após o parto.

É muito importante a ecografia para diagnóstico dos DTN, sendo que o rastreio bioquímico não se faz especificamente para este efeito, mas também nos dá informação Print this post

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